Adalberto é advogado e fez sua carreira como assessor e consultor jurídico de empresas em vários segmentos, entre eles o químico, de papel, florestal, de transportes, logístico, cerâmico, metalúrgico, portuário e hospitalar.
Ele se formou pela PUC-SP em 1973, e apenas um ano depois fundou o escritório que leva seu nome, onde coordena as áreas tributária e societária desde então.
Apesar de Adalberto possuir apenas graduação, sem nenhum outro curso relevante, o que mostra pouco interesse por atualização, ele é a pessoa de confiança do controlador.
Afinal, ele já acompanha o grupo há mais de 25 anos, desde a JSL, seja como membro de algum CA das empresas do grupo, seja como consultor jurídico.
Porém, tanto tempo junto da empresa, ao longo de sua história, rendeu a Adalberto alguns imprevistos indesejados. Tanto ele quanto Fernando Simões foram ouvidos no inquérito dos Portos.
No entanto, essa investigação já foi encerrada e concluiu pela absolvição sumária de Fernando Simões e da JSL.
O escritório de Adalberto ainda presta serviços jurídicos para o grupo. Não dá para deixar de apontar o conflito de interesses aqui.
Tudo bem que o contrato não é dos grandes — em 2020 e 2021, ao todo, foram quase R$ 10 milhões. Mas vamos combinar: é um pouco estranho que o escritório que presta esse serviço com o melhor custo benefício em todo Brasil seja justamente o de um conselheiro da companhia.
Porém, dada a relação de confiança existente entre advogado e cliente (aqui, no caso, o controlador), essa escolha parece justificável.
